domingo, 23 de outubro de 2011

PEQUENINOS



De tão pequenos são, não sabem
Discernir o certo do errado...
Assim vemos tantas crianças tristes
Mães que abandonam os filhos,
Filhos se drogando, e matando os
Pais, o que fazem com nossas
Crianças? Pelas ruas desnutridos
Carentes, pedintes, sem saberem
O por que desta vida sem vida...
O que fazem com nossas crianças?
Passam fome, sem escolas, andam
Descalços sem trato, e os nossos
Governantes? Altivos com muito
Dinheiro, como vão olhar pros
Lados descerem do pedestal, dá
Atenção às nossas crianças!
Dia da criança! Pra que?
Se poucas tem quem as cuide,
E muitas nem teto elas têm.

MENDUIÑA

EU SEGUI




Segui sem rumo andei por onde
Nem sabia, voei, te procurei, teu
Amor queria ter; não o encontrei
Meus sonhos sem sentidos...
Perdida na multidão sem rumo
Andei pela praia, cantei o canto
Do desengano, te queria, e tu
Não estava lá, falei com a Lua
E nada, meu desapego pela vida
Sem tua vida, meus beijos já
Não tinham donos, sussurrei até
Conseguir gritar teu nome em
Vão...voltei entrei pra dentro
De minh’alma apagada pelas
Dores deixadas no meu peito.

MENDUIÑA

INCERTEZA




Na incerteza dos meus passos
Sigo no compasso, ando, ando,
Dirijo-me sem rumo, sem medo

Incertezas são minhas noites no
Meu canto, nem canto mais, apenas
Minha espera é dura, agonizante...

Penso em ti amor na falta maldita
Na minha solidão, só quero a ti
Meus olhos, as lágrimas não secam

Nem consigo pensar nos beijos nossos
No cheiro do teu corpo, anseio sentir
Minha incerteza sem dor...

MENDUIÑA

DOIS LADOS



Após longo tempo adormecida
Como por milagre, acordei...
Submergi de uma profunda e
Amargurada desilusão de amor,
Meu outro lado veio à tona tal
Como tinha entregue a ti, sem
Que merecesse! Este lado até
Aqui adormecido não me deixou
Te conhecer, o egoísmo humano
Não o deixou pensar... foi duro
Frio e triste, vi o obscuro e feio,
De um lindo homem!
Pena toda beleza foi-se como
Detrito num riacho sujo e feio,
Me descobri linda! Meu eu
Ainda pode ser visto no espelho
Sem dor, um dia te olharás e
Se verás feio velho e só.

MENDUIÑA